Hoje, o consumo alimentar do brasileiro combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão com alimentos pobres em nutrientes e ricos em calorias. O que não é bom para a saúde.
As bebidas com adição de açúcar, por exemplo, caso de sucos, refrescos e refrigerantes, têm consumo elevado entre os adolescentes, que ingerem o dobro da quantidade registrada por adultos e idosos. Também é alto, entre eles, o consumo de biscoitos, linguiças, salsichas, mortadelas, sanduíches e salgados, contra a pequena ingestão de feijão, saladas e verduras.
Quanto mais cresce o rendimento familiar per capita, menor também o consumo de itens saudáveis como arroz, feijão e peixe fresco. Cresce, no entanto, a compra de pizzas, salgados fritos, doces e refrigerantes, porém, no caso deles, também de frutas, verduras e laticínios diet/light.
O IBGE agrupa os consumidores por rendimento. Assim, famílias com rendimento mensal de até R$ 1.443,00 pertencem às classes D e E; as com renda entre R$ 1.443 e
R$ 3.464 à classe C; as com renda entre R$ 3.464 e R$ 10.796, à classe B; e as com rendimento superior a R$ 10.796, à classe A.
Na área rural, as médias de consumo individual diário foram maiores para arroz, feijão, peixe fresco, batata-doce, farinha de mandioca e manga. Já na área urbana, destacaram-se refrigerantes, pães, cervejas, pizzas e biscoitos recheados.
Um outro dado interessante da POF mostra que houve, entre 2003 e 2008, um aumento de 50% no gasto e 53% no volume de azeite de oliva. Porém, a ingestão do produto ainda está concentrado nas classes AB. O consumo entre elas foi 511% superior à média, enquanto entre as classes CD foi 73% inferior à média.
De acordo com Adriano Pitoli, economista e sócio da Tendências Consultoria, é possível explicar essas mudanças nos hábitos de consumo.
“De 1992 a 1995, houve uma sensível melhora no ambiente econômico, que teve como resultado a migração das famílias para classes de renda mais altas. De 1996 a 2004, com a piora da economia, houve perda de participação das famílias das classes de maior poder aquisitivo.
De 2005 a 2009, aconteceu a retomada expressiva da economia. A participação das famílias de classes mais altas se recuperou, ficando próximo do verificado em 1995. De 2010 a 2015, a expectativa é de continuidade dos bons desempenhos da economia, o que resultará em nova migração de famílias brasileiras para as classes AB”, concluiu.
O IBGE agrupa os consumidores por rendimento. Assim, famílias com rendimento mensal de até R$ 1.443,00 pertencem às classes D e E; as com renda entre R$ 1.443 e
R$ 3.464 à classe C; as com renda entre R$ 3.464 e R$ 10.796, à classe B; e as com rendimento superior a R$ 10.796, à classe A.
Na área rural, as médias de consumo individual diário foram maiores para arroz, feijão, peixe fresco, batata-doce, farinha de mandioca e manga. Já na área urbana, destacaram-se refrigerantes, pães, cervejas, pizzas e biscoitos recheados.
Um outro dado interessante da POF mostra que houve, entre 2003 e 2008, um aumento de 50% no gasto e 53% no volume de azeite de oliva. Porém, a ingestão do produto ainda está concentrado nas classes AB. O consumo entre elas foi 511% superior à média, enquanto entre as classes CD foi 73% inferior à média.
De acordo com Adriano Pitoli, economista e sócio da Tendências Consultoria, é possível explicar essas mudanças nos hábitos de consumo.
“De 1992 a 1995, houve uma sensível melhora no ambiente econômico, que teve como resultado a migração das famílias para classes de renda mais altas. De 1996 a 2004, com a piora da economia, houve perda de participação das famílias das classes de maior poder aquisitivo.
De 2005 a 2009, aconteceu a retomada expressiva da economia. A participação das famílias de classes mais altas se recuperou, ficando próximo do verificado em 1995. De 2010 a 2015, a expectativa é de continuidade dos bons desempenhos da economia, o que resultará em nova migração de famílias brasileiras para as classes AB”, concluiu.
Por: Adriana Silvestrini - SM