Em um escopo ideal, a implantação do GC necessita
de investimentos em tecnologia, assim como a realização de uma análise crítica
para revisão de processos internos.
No mercado existe uma máxima que diz: “Sem
informação, não existe gestão.”
A informação está presente em todos os momentos,
desde os estudos para o briefing de criação de um produto na indústria, até os
serviços pós-venda que o varejista pode prestar para seus clientes.
Vivemos em uma rede globalizada de informações,
onde o simples acúmulo e armazenamento destas, de nada servirá.
Empresas que não investem na seleção e no
tratamento das informações obtidas, para que possam mensurar resultados e
traçar ações, estão fadadas ao insucesso.
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Banco de dados sem tratamento... |
Portanto, para iniciar o uso da ferramenta de GC, é
indispensável o investimento em um sistema de dados (ERP) capaz de armazenar,
cruzar e tratar as informações e processos para a geração de relatórios gerenciais
e analíticos.
Conhecer o que se vende, quanto se vende e ainda o
que se deixou de vender, da mesma forma que saber qual a participação e a
contribuição de cada SKU em sua categoria, é primordial.
Falando de processos internos, posso classificar
como prioridade a normatização de departamentos como: Cadastro de Produtos, Compras e Logística. Definir o que fazer e como fazer, atribuindo
indicadores de gestão que possam ser mensurados periodicamente.
Certa vez, fiz um trabalho para uma Rede de médio
porte de supermercados no Rio de Janeiro, onde se colocássemos em uma das lojas
apenas um SKU de cada item ativo no cadastro daquela loja, não teríamos espaço
para expor todos os produtos em estoque.
Apesar da Rede estar há mais de 20 anos no mercado, existiam problemas
específicos, gerados pela ausência total de processos, que com o passar do
tempo se transformavam em bola de neve.
Para ilustrar, cito um exemplo: O comprador cadastrou e comprou um mix com 10
SKUs de determinado fornecedor. Contudo,
no ato da entrega, o fornecedor entregou 11 SKUs.
Ou seja, um dos itens que estava sendo entregue,
não estava cadastrado e nem havia sido comprado.
Mas, era “praxe” na empresa que em situações como
essa, o setor de recebimento aceitava o pedido e ele mesmo cadastrava o produto
que não fora solicitado, incluindo-o assim no mix ativo do fornecedor e no
sistema de todas as lojas da Rede. (?!?!?!)
Outra situação bastante comum é quando o setor de
cadastro vincula no sistema o código de barras de um produto não cadastrado, ao
código de outro que já está ativo.
Essa movimentação gera inúmeros erros, que vão desde
erros de inventário até problemas com excesso ou ruptura de estoque.
Por estes e outros motivos, os processos internos
devem estar muito bem desenhados e alinhados entre os gestores envolvidos.